Assim como dito em posts anteriores, uma anã branca é o remanescente estelar denso, deixado para trás quando estrelas de baixa ou média massa (como o Sol), acabam com seu combustível nuclear. Ela é basicamente, o núcleo quente e colapsado que sobra, depois que a estrela perde suas camadas externas. Bora saber mais sobre esse astro ?
O caminho até aqui
A história começa com uma estrela de até cerca de 8 vezes a massa do Sol; ela funde hidrogênio em hélio no seu núcleo (fase principal da vida estelar); e assim que o hidrogênio do núcleo se esgota, a estrela se expande e vira uma gigante vermelha começando a fusão de hélio, em carbono e oxigênio no núcleo; uma curiosidade interessante é que, dependendo da massa da estrela, pode haver muita dificuldade em produzir oxigênio nessa reação. Assim que as camadas de hélio são gastas, e a estrela fica sem pressão e temperatura suficientes para continuar fundindo materiais, a gigante vermelha se transforma em uma nebulosa planetária através de uma explosão, e assim seu núcleo quente remanescente fica no centro da explosão, sendo esta uma anã branca; este será o fim do nosso Sol.
Esse tipo de evento acontece, pois a estrela não é massiva o suficiente para colapsar em uma supernova e assim, ela expulsa suas camadas externas ao espaço de forma gradativa formando uma nebulosa planetária.
Inicialmente uma anã branca é extremamente quente, com temperaturas em torno de 100.000 K ou mais, porém como não há mais fusão nuclear ocorrendo em seu interior, ela esfria lentamente ao longo de bilhões de anos, emitindo apenas o calor residual armazenado. A gravidade tenta colapsá-la, mas a estrela é sustentada por uma pressão especial chamada pressão de degenerescência de elétrons. Essa pressão surge do princípio da exclusão de Pauli, que impede que dois elétrons ocupem o mesmo estado quântico. Devido à enorme densidade da anã branca que é cerca de 1 tonelada por centímetro cúbico, em contraste com a densidade média da Terra, que é de aproximadamente 5,5 g/cm³, essa força quântica, juntamente com a repulsão eletrostática entre as partículas, mantém o astro estável por bilhões de anos.
A massa típica desses objetos giram em torno de até 1,4 massas solares (limite de Chandrasekhar), possuem um tamanho parecido com o da Terra (mesmo sendo muito mais massiva) e são compostos principalmente por carbono e oxigênio, às vezes hélio (em anãs brancas menos massivas) ou até oxigênio e neônio.
Fim
Ao longo de bilhões a trilhões de anos, esse astro esfria e escurece lentamente, teoricamente tornando-se uma anã negra: uma esfera fria, invisível, feita de carbono cristalino; eu disse teoricamente pois o Universo ainda não é velho o suficiente para que existam anãs negras; todas as anãs brancas conhecidas ainda estão em processo de resfriamento. Um fim um pouco diferente pode acontecer caso uma anã branca esteja em um sistema binário e acumule massa de uma estrela companheira, ultrapassando assim o limite de Chandrasekhar e isso levaria a uma supernova do tipo Ia: a anã branca explode completamente e nenhum núcleo sobraria.
Ou seja, em uma anã branca, a estrela simplesmente sai de toda sua fase radiante e vai se tornando um astro escuro e invisível no universo, não há mais fusão ou transformação aqui durante um enorme período de tempo, ainda há luz como dito, pois há um calor residual, mas ele está se esvaecendo e, dessa maneira, esse objeto já passou do período de contribuição onde fazia uma diferença no meio interestelar, em um próximo post, podemos falar sobre o que seria essa teórica anã negra e o que acontece em seu interior; Como seria também o fim desse astro ? Interessado em saber mais sobre astronomia ?
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