Home / Astronomia / Ep 10 – Supernovas

Ep 10 – Supernovas

Hoje é o dia delas, as maiores e mais massivas explosões que acontecem em nosso universo, graças as supernovas, materiais extremamente pesados são formados e lançados pelos cosmos, possibilitando a variedade química que encontramos em nosso planeta, por exemplo. Bora saber mais.

mapa temporal
Representação de nosso mapa temporal de ciclo de vida estelar.

Explosão

Uma supernova é uma explosão estelar que ocorre quando uma estrela muito massiva chega ao fim de sua vida e não consegue mais manter o equilíbrio entre a gravidade e a pressão gerada pela fusão nuclear; isso resulta em um colapso gravitacional seguido por uma liberação catastrófica de energia.

Existem duas categorias principais de supernovas e cada uma com suas subdivisões:

Tipo I , quando não há hidrogênio visível no espectro, no tipo I há uma subdivisão chamada Tipo Ia, que geralmente ocorre em sistemas binários: uma anã branca rouba matéria de uma estrela companheira; assim que a massa da anã branca atinge o limite de Chandrasekhar (~1,4 massas solares), ela entra em colapso e explode. Podem ser usadas como “velas padrão” para medir distâncias cósmicas.

Tipo II com hidrogênio visível no espectro, geralmente ocorrem quando uma estrela com mais do que cerca de 8 massas solares esgota seu combustível nuclear; seu núcleo colapsa sob sua própria gravidade e ocorre uma explosão colossal. Nesse caso, existem vários subtipos: II-P, II-L, II-n, II-b (dependendo da forma do brilho e da perda de massa da estrela antes da explosão), faremos um post exclusivo sobre as subdivisões das Supernovas do tipo II.

Importância

supernova pelo spitzer
Aqui temos uma imagem do remanescente da Supernova de Kepler, mostrando apenas o infravermelho (nasa.gov)

No caso de estrelas azuis gigantes, assim que passam pela fase supergigante vermelha e fundem até o ferro, chegando neste elemento não há mais produção de energia por fusão, então a estrela perde sua principal fonte de sustentação contra a gravidade. O núcleo de ferro colapsa em milissegundos e prótóns e elétrons se fundem formando nêutrons e neutrinos.

Devido ao efeito rebote já comentado no Ep 8 -Super gigantes vemelhas, a onda de choque gerada no colapso libera uma quantidade absurda de energia: cerca de 10³⁴ joules em segundos (o brilho pode superar uma galáxia inteira por dias ou semanas). O resultado desta explosão é que as camadas externas são expelidas violentamente no espaço e fica um núcleo remanescente, assim como nas nebulosas planetárias, porém devido a diferença de massa desse núcleo ele pode se transformar em uma Estrela de nêutrons, se a massa for cerca de 3 vezes a massa do Sol, e um buraco negro caso seja mais massivo.

Durante o colapso do núcleo, a matéria composta pode atingir temperaturas a cerca de 10 bilhões de K, e uma energia liberada de cerca de 10⁴⁴ joules (a maior parte em neutrinos); com isso o brilho visível pode ser de até 1 bilhão de sóis por um curto período. A explosão é essencial para a formação e dispersão de elementos pesados como Ouro (Au), Prata (Ag), Urânio (U), Platina (Pt) entre outros.

Fim

nebulosa do carangueijo
Nebulosa do Caranguejo, remanescente de uma supernova histórica e continua sendo uma fonte rica de informações sobre a vida e a morte das estrelas massivas. Observada primeiramente por astrônomos chineses em 1054 d.C.

Remanescente de supernova podem se expandir por dezenas de anos-luz a uma velocidade de expansão de milhares de km/s; o impacto da onda de choque pode comprimir nuvens de gás próximas, iniciando a formação de novas estrelas e alterar a composição química de galáxias inteiras com o tempo. Para se ter uma magnitude da energia liberada, se uma supernova ocorresse a menos de 50 anos-luz da Terra, poderia ter impactos graves como danos à camada de ozônio, aumento na radiação cósmica e até um evento de extinção em massa (há hipóteses de que isso já ocorreu na Terra).

Sim, uma Supernova é um evento cósmico impactante, pois representa o fim de uma estrela gigante causando impacto em todo o meio interstelar próximo a ela, e graças a toda a magnitude do evento, núcleos remanescente extremamente interessantes, são deixados; o estudos destes cercam os limites do conhecimento humano atual, então o que você acha de sabermos um pouco mais sobre estrelas de nêutrons e buracos negros ?

Acesse nossas redes sociais.

Marcado:

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *