A cada novo avanço da astronomia, nossa percepção do cosmos se expande e, junto dela, nossas perguntas também. Recentemente, um tema que vem despertando a curiosidade de cientistas e apaixonados pelo espaço é: qual é, afinal, a maior galáxia já observada no universo? Estaríamos diante de um verdadeiro colosso cósmico, algo que desafia até mesmo o que acreditávamos ser possível?
O que sabemos sobre galáxias “gigantes”
Galáxias são imensos sistemas de estrelas, planetas, gases, poeira cósmica e matéria escura unidos pela gravidade. A Via Láctea, onde está nosso Sistema Solar, é apenas uma entre bilhões. Com seus cerca de 100 mil anos-luz de diâmetro, já parece gigantesca quando olhamos para o céu noturno. Mas, em comparação com algumas galáxias conhecidas, ela é apenas uma “cidade pequena” em escala universal.
Durante décadas, acreditava-se que as maiores galáxias eram as chamadas elípticas gigantes, muitas vezes encontradas no coração de aglomerados galácticos. A mais famosa até pouco tempo era a IC 1101, com impressionantes 6 milhões de anos-luz de diâmetro — aproximadamente 60 vezes maior que a Via Láctea! Essa grandiosidade já era suficiente para deixarmos nossa imaginação à deriva.
O novo desafio: a descoberta da Alcyoneus
Em 2022, astrônomos anunciaram a detecção de uma candidata a “maior galáxia do universo”: a Alcyoneus. Localizada a cerca de 3 bilhões de anos-luz de distância, ela não é apenas uma galáxia comum, mas uma galáxia rádio colossal. Seu tamanho total, considerando os jatos de partículas lançados pelo buraco negro supermassivo em seu núcleo, chega a aproximadamente 16 milhões de anos-luz de extensão.
Para ter uma ideia, isso significa que, se a Alcyoneus estivesse no lugar da nossa Via Láctea, seus tentáculos se estenderiam muito além do Grupo Local de galáxias, engolindo de sobra Andrômeda, as Nuvens de Magalhães e incontáveis vizinhas cósmicas.
A explicação para o gigantismo da Alcyoneus ainda está sendo investigada, mas os cientistas acreditam que vários fatores colaboram:
- Um buraco negro supermassivo no centro, capaz de emitir jatos poderosos que moldam sua estrutura.
- Interações gravitacionais com outras galáxias, que podem ter alimentado seu crescimento.
- O ambiente do espaço intergaláctico, que oferece menos resistência para a expansão dos jatos de rádio.
Esse conjunto de condições parece ter permitido que a galáxia atingisse dimensões simplesmente inimagináveis.
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